Manifesto 2012

Em construção

a muitas mãos.

 

Marcha das Vadias – Belo Horizonte

“Pelo segundo ano, acontece em Belo Horizonte a Marcha das Vadias – ou Marcha das Vagabundas.

Este ano, o evento que já teve diferentes versões em inúmeras cidades do mundo, acontecerá em várias cidades brasileiras numa mesma data: o dia 26 de maio.

A ideia é ocupar as ruas de forma irreverente – e combativa – para chamar a atenção da sociedade para um preconceito do qual mulheres do mundo todo ainda são vítimas, a de serem julgadas em função da roupa que usam.

Diferentemente do que acontece com os homens, mulheres usando roupas curtas estão mais vulneráveis ao assédio, um condicionamento sócio cultural que se manifesta não apenas nas ruas, mas também na estrutura de nossas instituições. É comum, por exemplo, juízes, advogados ou mesmo policiais fazerem referência às roupas que uma mulher costuma usar para justificar a atitude de um agressor. Trata-se de um comportamento aparentemente inofensivo, mas que nada mais é que um reflexo de uma lógica sexista perversa que prefere julgar a vítima, e não o agressor.

Nós não temos a ilusão de que vamos “mudar o mundo” com uma marcha, como insistem em aclamar os descontentes com a ideia de marcharmos em favor da nossa liberdade. Tampouco queremos fazer apologia a este ou àquele comportamento. Queremos, pois, que as mulheres sejam livres para se vestir e se portar como bem entenderem, e que tais escolhas não sirvam nunca de justificativa à prática de nenhum tipo de violência.”

(texto do evento do face da marcha de bh)

VADIAS DO MUNDO, UNI-VOS MAIS UMA VEZ!

2 Respostas

  1. Tenho Síndrome do Pânico, por passar anos sendo agredida com olhares maliciosos, piadinhas descabidas, ofensas e todo tipo de repressão por homens quando saiu a rua, tenho 1,80, sou alta,magra e dizem que, bonita…. mas tenho muito medo de me arrumar e sair a rua, seja até pra trabalhar, sair para jantar, ou simplesmente ir as compras ou passear, mesma na presença de meus filhos já fui assediada e sofri assédio das mais inúmeras maneiras, o que me fez ficar cada vez mais dentro da minha casa, prejudicando até minha vida familiar e social, No trabalho, sempre me dei o “respeito”, mas o assédio moral e sexual, se tornou quase que comum, tendo que a cada dia eu travar uma batalha cultural para me destacar sempre, chegando ao cumulo de agir quase que masculinamente em meu comportamento para não me sentir tão agredida, casos assim, aconteceram durante anos na minha vida, e na relação amorosa também….. dentro de casa me sinto como propriedade de meu marido, sendo que eu sou uma pessoa muito aberta a viver, e descobrir coisas novas, como tenho acesso a internet, me globalizei ainda mais, mas sofro por isso, ele (marido) chega a pensar que estou traindo ele, pela internet, não fala comigo, mas quando fala me agride, quando saiu, quando consigo sair, porque não saiu sozinha, e me arrumo , em seguida escuto comentários maliciosos e desagradáveis dele (marido) já sofri agressões físicas, e as psicológicas nem se fala….. precisava desabafar….. estou junto nessa, mesmo que essa causa me custe alguns dias hospitalizadas, ou algo pior…. acho que preciso por um ponto final nessa opressão que sofro, e começar de novo. Sei que tem muitas outras mulheres na minha situação ou piores, quero deixar aqui meu apoio, e minha admiração pela coragem do movimento, me uno a vocês e levo comigo quem eu puder. Que Deus nos ilumine nessa caminhada e que, agressores tenham a justa punição, por mais que eu saiba que a justiça, é muito falha, e infelizmente, ainda machista….. A nossa Constituição tem muitas coisas para serem renovadas, espero que esta seja uma que de início ao respeito pelo próximo, neste caso , a próxima vítima. Nós mulheres.

  2. Quando terá outro manifesto em São Paulo?

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